Cinco Palavras (Parte 7 de 7)

Os meses se arrastavam.


Ele já estava de volta havia tempo, e ela continuava com sua rotina.
Eduardo nunca mais se envolveu com a Juliana de novo. Os números permanecem na agenda, e em ocasiões de certa saudade, abririam o WhatsApp, e observariam por alguns momentos a foto de perfil do outro, ponderando sobre o que fazer.
A mágoa de Eduardo se transformou numa espécie de aversão, e esquivava-se da ideia de reatar, enquanto ela, da dúvida desenvolveu o receio de experimentar um contato, e se arrepender.
Não esqueceriam um ao outro tão facilmente, mas aparentemente não se amavam o suficiente para o êxito do relacionamento, ou então ele era muito otimista, ou ela era muito contida.
A vida prega certas peças como estas, de um casal que possui todos os atributos para ser uma relação perfeita, mas que não progride, afinal. Percebe-se como nós humanos não somos como relógios e suas engrenagens encaixadas perfeitamente, funcionando com maestria.
Por fim, essa é uma daquelas crônicas em que não há final feliz. O Eduardo não vai ficar com a Juliana, e logo serão duas pessoas alheias, perambulando na selva de pedra que é São Paulo, após passar por uma das histórias mais simples e infelizes, resumida em cinco palavras: "Estranhos, Conhecidos, Amigos, Enamorados... Desconhecidos."
C'est fini, mes amis.

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