Tempus Fugit

O tempo realmente é cruel.
A vida, não menos implacável, aliada ao avanço dos anos se mostra capaz de extinguir o espírito de juventude aventureira e elencar em seu lugar uma madura responsabilidade, já de maneira previsível aguardada pelo mundo.
De fato, espera-se que nós venhamos um dia a assumir compromissos, encontrar um ofício e quem sabe uma carreira.
A rigidez da vida também se mostra na face endurecida dos novos adultos, já sem pique pra balada, pensando em salário e contas, e isso somado à expectativa que se tem de nós, impõe um ambiente de tanta pressão psicológica, que a gente passa a se sentir velho, sem sequer ter passado dos 25.
Tantas coisas pra entregar, tantos boletos pra pagar, tanto mercado pra fazer...
O clímax é quando vemos um adolescente seis anos mais novo e o achamos um grande moleque. Despreocupado e relaxado, mas tem ele culpa por sermos vítimas do padrão?
Logo ele será tragado pela maturidade, e das suas córneas será subtraído aquele certo brilho presente nos olhos dos sonhadores, igualando-se então aos peixes mortos dos escritórios.
Por sorte, a vida não é só isso, e existem outros prazeres, os quais não seria capaz de compilar aqui, mas podemos impedir o envelhecimento.
Não, não inventei um elixir anti-aging, a questão é que podemos manter a mente jovem.
Velhice é mais que uma dor nas juntas, é um estado de espírito, que te consome mesmo na tenra idade, se você deixar.
Não ignoro as limitações biológicas da máquina humana, mas a inércia física nem se iguala á da cabeça...
Permita a si mesmo ser jovem, pois você pode ser condescendente com suas vontades, mas o tempo...
Ah, o tempo é cruel...

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